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quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Contida.

Quando seus pensamentos tomam conta de você e algo te impede de agir como gostaria, não é capaz de intensificar, é difícil respirar, impossível explicar, decifrar, reparar, não encontro a saida.


Reinventou a leveza de ser.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Sem trilha sonora.

- Vê esta cicatriz? Aqui, olha.
Mostrava-me a palma da mão.
- Sim, tens aí uma honorável cicatriz - dizia, tateando.
- Profunda. - repetia a voz embargada pra trazer á tona a memóoria dramática do amigo.
- Pois bem, certa vez estava sentado em uma mesa de bar quando um velho conhecido se aproximou, sem pedir licença foi logo puxando cadeira. Ofereci um copo, ele sem cerimônia virou de uma só vez, encheu-o de novo enquanto posava-se de macho.
Puxando conversa:
- Por que está ai tão sozinho, carente? Em pleno sabadão desses?
Continuei calado, ele também desconcentrado virou mais um gole, silenciou por alguns instantes.
Pedi, melhor ordenei:
- Me queime.
- Joana D'Arc á procura de fogueira?
- Aqui - disse, estendendo-lhe a palma da mão.
Como ele parecesse não ter entendido bem, repeti:
- Pegue o cigarro e queime esta palma.
- Por quê? Por que quer que eu faça isso? Por que o faria?
- Vamos.
- Dói cara, tá louco?
- Obedeça! Não vai doer, tenho certeza.
Autoritário e desafiante, a mãe aberta estendida, incitava:
- Entendo de dores, garanto-lhe. Nada vou sentir.
Ameacei, segurando o copo:
- Se quer continuar bebendo, aqui sentando nesta mesa, faça o que estou pedindo. Caso contrário...
Ante a ameaça de represália, o camarada ainda titubeou:
- Fazer isso por que? logo com um cara legal?
- Quero testar minha dor. Tenho certeza de que nada vou sentir, repito.
Como tomei sua mão com o cigarro aceso e ameaçava eu mesmo fazer o que queria, ele então decidiu.
- Está bem, sendo assim.
E segurando minha mão deixou que o cigarro aceso fosse pouco a pouco chamuscando a pele da palma, enquanto torcia para que eu reclamasse de dor.
Mas que dor nada.
Quando o cigarro apagou, uma feia ferida ali se formara, exibível.
Abri os dedos, confessei:
- Não senti nada, nem sinto nada agora. A dor que trago dentro é maior, mil vezes mais. Esta cicatriz é insignificante comparada á do peito.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Um sorriso.

Quanto vale um sorriso?

No meio de uma cidade movimentada, um contraste, e mesmo tão indiscreto passam por alguns olhares preocupados demais, despercebido. Uma estatua viva, no meio da avenida em plena sexta-feira.

Costumo prestar atenção em detalhes, mas considere que isso não era um detalhe. Só pessoas sem vida em si conseguem ignorar esses votos de ‘revolta’ da sociedade.

Pois então, sentei em um pub bem em frente a essa criatura cheia de roupas pesadas e tintas que estavam incomodando até a mim mesma, litoral e um sol muito forte, ele estava lá, acho que isso foi o que mais me deixou curiosa para afrontar o tal, esperei algum tempo observando as reações alheias, confesso que até ri de algumas.

Já estava começando a escurecer, era hora de se recolher.

Antes que tirasse aquela roupa, cheguei perto e tentando ser discreta pedi uma foto, já estava cansado e não se agradou muito com meu pedido. Tirei algumas moedas do meu bolso e o entreguei, logo abriu um lindo sorriso, arrumou-se e soltou algumas palavras em francês.

Esperei tanto tempo, observei pessoas, pedi um favor, e só fui recompensada depois de paga-lo?

Pagar por um sorriso? Até que ele me pareceu convincente , mas eu sabia que não tinha sido espontâneo.

Logo irão cobrar por abraços, um bom dia, boa noite ou boa tarde, cobrar por atos que não fazem mal, não são complexos, não necessitam de esforço, para onde estamos indo?

Tudo bem que eu exagerei, mas acho que preciso andar com mais moedas no meu bolso, só por precaução, um sorriso às vezes é preciso.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Necessidades.

"Um quer compromisso sério; para o outro, amar já é sério o suficiente.
Um quer se sentir o centro do universo, o outro quer inclui-lo no seu amplo universo. Um quer fugir da solidão, o outro aceita a solidão. Um não quer falar das dores, o outro pergunta demais. Um briga por amor, o outro silencia por amor. Ao menos, os dois gostam de dançar.
Um não precisa conhecer o mundo, o outro traz o mundo em si. Um é romântico para disfarçar a brutalidade, e o outro é doce para despistas a secura. Um quer muito de tudo, o outro se contenta com o mínimo essencial. Nenhum dos dois liga pra dinheiro, mas o dinheiro quase sempre está no bolso de quem viveu mais. Um fica inseguro, o outro diz que nada disso importa, mas claro que importa.
Um quer que lhe dêem atenção 24 horas, o outro precisa que lhe esqueçam por uns instantes. Um quer aproveitar cada réstia do sol, o outro gostaria de dormir um pouco mais. Um gostaria de saber o que não sabe, o outro queria desaprender metade do que a vida lhe ensinou.. Um precisa berrar, o outro chora.
Um quer ir embora, e ao mesmo tempo não. O outro quer liberdade, mas a dois.
Então um se vai e deita em todas as camas, sofrendo. E o outro mergulha sozinho na dor, sobrevivendo.
Diferença de idade não existe. A necessidade secreta de cada um é que destrói ilusões e constrói o que está por vir."
(Martha Medeiros - Doidas e Santas)

Os dois se amam, e isso não se discute.

Nós... Quem?

Não está tudo no lugar. Quando você me perguntou se havia mudado, eu respondi que não com lagrima nos olhos e um nó na garganta, mas eu disse que não, pois foi ai que uma série de mentiras começou para alimentar á isso.

O que eu queria mesmo era te contar que sinto falta da sua preocupação. E não acho que alguém mereça tudo isso, nem eu mesma. Pode parecer ciúmes, e se parece, sorria você acertou na mosca!

Outra vez, ocupando meu lugar? Você prometeu nunca me deixar, e o que fez com suas promessas?

Não sei mais o que você faz, com quem anda, o que aconteceu com aquelas pessoas que andavam te tratando mal, se continua com essa mania de andar por ai sozinho. Não eu não sei mais quem é você, se recusa a contar.

Me disse, que eu também mudei.. é talvez esteja certo. Nós dois nos moldamos de acordo com a situação. E agora somos dois estranhos, sem sorriso, se calor, sem brilho no olhar, e com palavras frias. A quem estamos enganando?

Nós erramos, e pra isso precisamos recomeçar, mas eu já disse que isso não é pra qualquer um.

Será que ainda temos tempo?

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Recomeçar.

Não sei que horas são, mas já deve estar tarde. O Sol que entra pela janela do meu quarto, quase alcança meu rosto. Mas tem uma claridade que está me incomodando à tempos, e nem que o sol vá embora por completo ou eu feche as cortinas, não vai passar. É essa claridade que está me apontando os erros, bem no alvo. É de tirar o folego.
Tem alguma coisa interna implorando pra sair, quero sussurrar algo que está preso. A questão é: não quero me sentir presa a palavras, quero recomeçar.

Me disseram que essa história de recomeçar não é simples como o que eu estou acostumada e estou com medo de parecer fraca. Não consigo sequer escapar do bom dia falso do porteiro,  imagine agora escapar dos meus fantasmas.

Procuro mil maneiras de fugir, é como colocar a culpa em outra pessoa pra se sentir mais leve. O ruim é que meu poder de persuasão não funciona comigo mesma.

Meu medo abala a esperança que apareceu. Medo sim.
Eu demorei tanto pra me estabilizar, e agora olho para os lados, e nada do que me parecia concreto, me dá segurança. Continuo sem conseguir descrever a minha inquietude, meu incomodo.
Não é pra qualquer um.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Inimigo numero um, eu te amo.

É que é de vocês o meu primeiro bom dia, ou talvez a primeira expressão desanimada que vejo no dia.
São vocês que aguentam as minhas ladainhas, e me esperam voltar de festas. É, vou fingir que acredito na desculpa: “Nossa que horas são? Estava assistindo televisão e acabei dormindo no sofá!”
Poxa, no sofá, bem de frente pra porta, com as luzes apagadas, esse horário? Mas tudo bem, eu até entendo.
Vocês sabem, quem e quanto sou de verdade, o que e por que faço qualquer coisa., o que eu gosto, ou não.
Vocês nunca erraram ou esqueceram a data do meu aniversário e diferente do resto do mundo, pronunciam o meu nome correto.
Tentam saber com quem e por onde ando.
Falam que desistem mas eu sei que é mentira. No final nunca deixaram dar errado.
Vocês, peças principais da minha vida.
Vocês, tão humano s e inconsequentes quanto eu.
Vocês que falam demais na hora errada e fazem minha bochecha ficar rosada na frente de algum desconhecido.
Vocês que já tentaram tudo, vocês que estão cansados mas fazem tudo e bem mais.
Não é sem fundamentos que afirmo: Familiares são os nossos primeiros e principais inimigos.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Os defeitos de alguém perfeito.

Eu amo os teus defeitos.
Eu sou apaixonada por cada centímetro de ti.
Quero ouvir sua voz de sono, me desejando boa noite e um pouco antes de desligar sussurrar baixinho que me ama.
Quero que me entenda, quero que me escute, nem que pra no final só ouça sua respiração.
Eu aprendi a decifrar teus sonhos, a tocar outro alguém que está dentro de ti. E que só eu sei da existência.
Quero ser única.
Quero me perder nos teus abraços.
Preciso sentir o seu cheiro. Preciso sentir você.
Você vai ter que cantar pra mim enquanto estivermos no lugar mais lindo da cidade... Sabe aquele que eu prometi te levar quando nos víssemos.
Todos aqueles detalhes que planejamos, e que serão inúteis, tenho certeza de que quando eu olhar nos teus olhos, o resto do mundo vai desaparecer;
Como eu sempre quis.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Livre demais.

Travei uma batalha contra mim mesma.
São os dois lados disputando um espaço, sendo racionais. As vezes sinto como se não tivesse mais domínio.
Não sinto, não reajo..
Preciso voltar para... onde é mesmo? Ah! Chamam de realidade.
Isso é o que um de minhas partes diz, enquanto a outra está a beira de um precipício, com suas asas prontas, só lhe resta decidir se deixa ir, ou reúna forças para levantar vôo.
Eis que minha alma está inquieta.
E estou de olhos fechados esperando o tempo passar, no meio de uma cama, longe do chão, sem nada próximo, só eu.
Me sentindo segura, em meio a confrontos pessoais.
Tentando entender como se termina um confronto desses.
Sabendo que quando o suposto adversário for ferido, estarei feriando a mim mesma.
Sabendo que tirar um parte viva de mim é o único objetivo.
Livre demais, confusa de mais.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Tudo menos amor.

Não é amor, é um pouco mais de segurança.
Não é amor, são novas dores.
Não é amor, são alguns problemas pendentes.
Não é amor, é um pouco mais de cor.
Não é amor, é só uma pitada de vida.
Não é amor, são lágrimas sem motivo.
Não é amor, é outro abrigo.
Não é amor, é calor pro teu frio coração.
Não é amor, é um abraço pra quando precisar.
Não é amor, é só a vontade de continuar.
Não é amor, são palavras que te aconchegam.
Não é amor, são sorrisos.
Não é amor, são momentos.
Não é amor, são mudanças.
Não é amor, é só uma tarde de quinta-feira e uma ligação.
Não é amor, são lindas frases e flores.
[...]
Tudo menos amor.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Movida a lembranças.

Não que seja errado, certo ou indiferente, alias eu nem quero saber, são só detalhes outra vez.
No meio de todas aquelas lembranças, momentos, cantigas, sorrisos, abraços, palavras... Encontrei saudade.
Que poderia ser dividida a todos os que estavam ali, mas que escolheu dono único.
Não consigo fechar olhos e não ter imagens nítidas de como tudo era, não consigo abrir os olhos sem lembrar como tudo ficou.
É a eterna gratidão que tenho por você, que irá pagar todos os anos que ainda virão com essas mesmas lembranças.
Mantendo vivo em mim seus costumes, costumes que tem habitado lugares desconhecidos.
As cores morreram as orações também. Que mantenham longe os que rogavam à nós.
Tão longe como você está agora, como à paz da minha alma inquieta.
Quando se tira algo de alguém, sem aviso, sem piedade, é assim, somente as lembranças conseguem te mover.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Mais promessas

Pulsação estabilizada, coração calmo, ideias de volta ao seu lugar, o que não quer dizer que estejam no lugar certo.
É sempre o mesmo filme em todos os canais.
Não tente me seguir porque estou definitivamente perdida. Só precisava me encontrar.
Deixa falar, deixa o tempo parar, deixa acontecer... Deixa.
Tudo na hora errada, no lugar errado, como seria sem esses detalhes, que construí no mínimo o que é preciso?
São só detalhes, é uma noite escura, costumes, palavras, sentimentos, toda a base de uma confusão.
Não precisa pensar no que vai ser amanhã. Pensa no que está sendo agora, fecha os olhos e vá pra longe, deixe tuas palavras transbordarem quando achar que não era pra ser. Se foi fácil para situações criadas, porque não para momentos reais.
É um sonho do qual um dia vai se acordar.
Não acha conveniente aproveitar agora?
O que você está procurando, será o que realmente precisa encontrar?
Se não tem certeza então não faz sentido continuar.
Valeapena rir do mundo desabando.
É assim, me dê a mão e vamos continuar, como sempre fizemos.
Estaremos seguros agora.
Eu juro.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Confusão.

Que eu queria estar longe daqui não é mais novidade. Já cansei de resistir ao que tem lá dentro. Estou disposta a aceitar e pronta pra mudar.
Não que isso mude alguma coisa,  ainda vou precisar de você aqui, aliás, preciso como nunca precisei.
Mas você não está, sabe? Nunca está.
Não tenha medo do que pode acontecer, sinta o  agora. Deixa pra pensar no futuro quando ele se tornar presente.
No fundo eu queria estar enganada sobre o que quero.
Só agora... Talvez você perceba que é o sentido de tudo, sem exceção.
Não quero mais obrigar as palavras certas saírem da minha boca, enquanto a autodestruição rola solta.
Eu disse que não ligava para o que tinha acontecido e que podia seguir em frente, mas essa foi a mentira mais lavada de toda a minha vida, é claro que eu ligo!
Temos algumas coisas pendentes agora.
Quem é que vai te ouvir? Ou chamar pra sair no meio da noite de sábado?
Quem vai te dar bom dia, ou te ignorar pra fazer sentir.
Ou melhor, quem vai fazer isso no meu lugar?

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Bailarina sem Pés.

Pobre dela, que não conseguia mais entender o que as palavras queriam dizer quando diziam.
Via todas aquelas paredes de um branco e um ritmo descomunal envolvendo seu olhos com movimentos circulares a deixando mais confusa do que já se encontrava.
Colocou a mão no rosto, e tentou encontrar algo para fixar seus olhos. Mas nada iria á distrair do turbilhão de possibilidades que estavam em sua mente.
Só faltam dez dias, são os dez dias que separam o esforço do objetivo.
 Foram planos e mais planos, projetos, noites sem dormir, pés e pernas doendo na alma, machucados em cima de machucados e agora só faltam dez dias.
Em dez dias serei bailarina outra vez.
Imaginar que isso está suspenso por um único detalhe, não me faço compreender sentido.
São só esses dias em que tudo teria que acabar bem, e que eu iria ignorar os imprevistos, dirigir todo meu esforço e minha atenção num só objetivo, para tudo se concretizar como esperado.
Ele disse que não pode fazer mais nada, é caso cirúrgico, é emergência, é preciso.
- Você não poderá dançar, me desculpe, mas não.
Meus olhos se fixaram em algum ponto, enquanto as lágrimas começaram a correr pela minha face.
Tenho motivos pra não te obedecer.
É algo maior do que uma necessidade, não é físico.
Não é pra ser entendido.
Decidi que daqui a dez dias irei dançar, e vou dar o melhor de mim, como não fiz em outras oportunidades, sem me preocupar com o que vem depois, sem pensar na dor.
Tenho total certeza de que ela vai se diluir, quando deparar com meu sorriso por ter conseguido.
“ O mundo acaba hoje, e eu estarei dançando”

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Você não me conhece.

Meus suspiros sinceros não fazem parte da novela, te incomoda por que me faz bem.
Abstrair do social para reprimir o que está lá dentro não é jogo limpo.
Não me acrescenta em nada tuas pragas rogadas. Eu não creio no que o homem se possibilita imaginar, só me é concreto o que posso ver, vai assim até que me provem o contrario.
Juntando todas as palavras soltas no ar, sempre sem pensar, poderia render um livro, em que paginas abertas transbordariam tua maldade, correspondente ao que acontece com teus olhos raivosos.
Eu fico presa a sonhos, (in)segura á beira do abismo.
Lembrando o drama em que tudo se transformou. Forçando-me a voltar para o tive de aceitar, acreditar e construir.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Flores.

As palavras que estão á nosso favor, facilitando tudo.
Eu amo nossa historia.
Ouço o relógio regredir, as coisas voltarem ao lugar.
Tudo, esta sobre equilíbrio agora, podemos nos manter estáveis por algumas horas?
Deixe nossas cores se misturares, deixe os males passarem, a melodia equalizar.
As batidas no ritmo, teu coração e o meu.
Eu posso reencontrar meus passos, e imaginar cenas bonitas, posso ser. Sim, posso.
Não seja sarcástico, não diga que as flores um dia morrem, eu posso cuidar delas, mas você terá de me ajudar.
Nosso amor é uma bela flor a beira de um precipício, nós dois a equilibramos, só nós dois.
E não a deixaremos morrer.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Você vem?

Vamos ver as estrelas?
Sorrir para o mundo.
Cantar e dançar pelas ruas;
Desviar olhares;
Mudar sentimentos;
Trocar lágrimas por algo melhor
Aprender a amar
Deixar de se preocupar
Quero viajar no meio da semana;
Sentir falta e voltar buscar.
Mudar a letra
Deixar as regras de lado
Não me preocupar com o que falam...
Ou com o que vão falar.
Vou cair, e me levantar.
Vou deixar a vontade fazer a minha cabeça.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Cadê você que me esqueceu? Cadê você que não esqueço.

Vagamente, ainda lembro de alguns detalhes seus, e só seus;
Como a faixa preferida do CD que você me ensinou a ouvir.
Ou dos nossos sonhos e planos que se encaixavam perfeitamente, tudo parecia fácil.
Até que nós crescemos, e o tempo decidiu nos separar.
Não isso não é justo.
O mesmo tempo que parou quando deitamos no gramado, olhando pro céu com toda aquela paz que você sempre me passou, imaginando como seria o nosso futuro, nada era certo, somente que estaríamos juntos, sem se importar com o que iria acontecer.
Vejo agora que aquilo, o principal, não era certo, deveríamos ter previsto intervenções.
Hoje passo por ti, e não me transparece o mesmo brilho que carregava nos olhos naquela época, você não me parece bem. Naquela época a gente nem precisava de uma piada tão boa.
Acho que vai ser assim, até minhas lembranças acabarem.

sábado, 4 de setembro de 2010

Manicômio

Estava tentando descrever minha mais nova antiga vida em um manicômio.
Aumenta a certeza de que, só quem vive em um pode descobrir como é.
O convívio te influencia, não acredita quem não quer.
Sou louca de alma, de amores e de pesadelos.
Meus fantasmas voltaram, com a mesma força as mesmas histórias.
Faz tempo que estou presa a lembranças e de um jeito ou outro acabo contornando a situação, fazendo para me conformar de que tudo esta sobre controle e que não vivo do passado.
Não confie em ninguém, não confie em mim. Os últimos que confiaram, não lembro sequer o nome. Não tente me ensinar como se faz, quando o que esta em jogo é um bem para si mesmo.
Não arrisque tanto, cuide das palavras.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Promessa



Rapidamente, abri a boca em um gesto em prontidão para falar sim.
Antes mesmo de sussurrar a primeira letra, minha respiração se aprofundou
e lembrei do exato momento, em que me pediu ajuda, e prometi sempre te ajudar.
Perguntou se te amava, e jurei pra sempre te amar; Como também disse que estaria ao seu lado, enxugaria tuas lagrimas, ouviria teus conselhos...
Pois, sendo assim, não cumpri minhas promessas, e o amargo do engano subiu pela minha garganta, como se algo estivesse me asfixiando.
Se eu pudesse ser mais forte, e me negar ao que o tempo me propôs juro que mudaria meu destino, meu caminho...
E você cumpre suas promessas?
Não tente como eu enganar o tempo, não vai funcionar, palavra de quem já tentou.

domingo, 29 de agosto de 2010

I wanna be away from here


Quando essa bomba explodir.
Já falei do silêncio e vazio das minhas tardes de sábado?
Mais uma vez essas duas características inundaram minha vida. Pra falar a verdade, o silêncio era apenas meu, já teus gritos ressoavam fluentemente em meus ouvidos. No primeiro instante senti longos arrepios percorrendo meu corpo e fazendo com que cada milímetro dele mudasse para uma fisionomia apavorada e confusa. A respiração mais rápida do que o normal, minhas mãos estavam ficando úmidas.
Senti como se o mundo tivesse deixado meus pés e tudo a minha volta se afastado, só o som das tuas palavras e um pensamento repetitivo: " I wanna be away from here, i wanna be away from here (...)
Queria fechar os olhos, me sentir de volta à terra, olhar nos teus olhos e aguentar tudo outra vez.
Uma parte de mim tenta fugir, correr, gritar, chorar e por essa parte, fiz promessas a mim mesma, sabendo que não as cumprir seria mais um erro, não estou disposta a errar outra vez, me desculpe.
E quando a noite vir... Talvez eu saiba o que fazer, ou tente apenas me distrair.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Inocência


Com os joelhos junto do corpo, balançando-se para frente e para trás,
Sem por um segundo sequer, deixar de olhar a sua volta, buscando alguém, qualquer que fosse capaz de te ouvir. Ouvidos atentos buscando uma respiração naquele silêncio doentio.
Sua inocência é o que ainda resta de uma vida quase imperceptível.
Suas saídas, fugas, um dia vão acabar.
Você sabia que não seria fácil, nunca foi.
Algumas histórias não precisam de moral.

domingo, 22 de agosto de 2010

Fantasmas perdidos.

Peguei meus sonhos, quis desenhá-los.
Foram longas e longas linhas...
Até que encontrei algo que não me deixou continuar.
Uma distância uma linha separada,
Depois de tamanha decepção;
Avistei alguém sentado, com um sorriso desconfiado no rosto.
Resolvi então perguntar, por que não pude continuar desenhando meus sonhos? o que interrompeu minhas linhas?
Ele me olhou e disse que para um sonho ser completo precisa de um amor.
Isso era o que estava faltando, para completar minhas linhas, meus sonhos.
Algum tempo em silêncio, se dirigiu a mim novamente e disse:
- Se não completa seus sonhos, não pode viver;
se não pode amar, te proíbo sonhar.
E agora, complete meus sonhos?

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Não sei por que você se foi.

Pensei em escrever sobre você.
Fiquei horas buscando palavras, mas não encontrei.
Eu entendo isso, te descrever é impossível;
Mesmo com todas as palavras do mundo, ficaria um silêncio em seu final.
Ontem me encontrei cercada de lembranças em uma casa vazia.
Vi as tintas descascando e voltando a cor normal, tudo o que substituiu sua presença saindo.
E você entrando outra vez.
Podia até ouvir a sua voz.
Sentindo-me segura, me sentindo feliz, completa.
Tendo você ao meu lado mais uma vez.
Rezando baixinho, ou cantando versos;
Ás vezes a mistura de sentimentos cobre meus olhos e surge uma projeção, que dura talvez um ou dois segundo, me fazendo acreditar que tudo foi só um pesadelo, que vou acordar olhar pela janela e te ver.
Acredito que agora está bem; e queria poder lhe dar os parabéns, mas existem palavras que não podem ser mais ditas.
Lembranças não substituem sentimentos.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Desconstruindo

Aquele cheiro forte de álcool, seu rosto avermelhado, sua expressão desconfiada.
Essa uma das lembranças mais remotas que tenho da minha infância.
Talvez uma mesa, sentado de um lado, ele e do outro ela, eu no meio; como sempre; pode ser outra.
Daquela época, não trago nem um sentimento bom.
Vocês não podem fazer agora, o que deixou de ser feito no passado.
O que passou, passou. Não é hora de se arrepender.
De se preocupar com meu silêncio; com a falta do sorriso.
Não façam comigo, o que fizeram com outros.
Eu não quero ter de fugir.
E sei que vocês não querem isso outra vez.

Tente outra vez .

Tente conseguir me fazer sorrir.
Tente não me fazer chorar.
Tente abraçar; não me deixe fugir.
Tente me convencer; não custa tentar.
Tente me mudar; tempo perdido, mas estará fazendo seu papel.
Não quero mais sorrir, mas também acho que cansei de chorar.
Já planejei escapar das revoltas do mundo, da sensação de asfixia que parecia estar eclipsando minha vida.
Não consegui.
Minha única resposta:
Tente outra vez.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Falta algo aqui.

Aquele sentimento que muda qualquer aspecto. Consome cada pedaço de felicidade.
Apaga as luzes do teu mundo, deixa um abismo entre você e seu coração.
A falta de alguém, é algo que machuca muito.
Machuca mais ainda saber que esse alguém não vai voltar.
Tentei respirar, segurar aquilo do que meus olhos se encheram.
Tirar o nó de minha garganta, a vontade de gritar; de sair.
Me pergunto, porque aconteceu?
Poderia ter sido eu, em seu lugar.
Me conforta acreditar, que um dia irei te ver.
Ao mesmo tempo em que desilusões deixam isso mais distante; aumentando minha dor.
Hoje não haverá espetáculo, a atriz principal está com medo.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Não querer errar é tão errado.

Foi caminhando por ai, horas e horas em ruas vazias.
Tão vazias quando meu coração.
Foi assim que comecei entender, como as coisas são.
Esse mundo escroto, sujo, em que poucos se salvam.
Não é por estar sozinha, não por querer o impossível.
Mas por ver que o possível é errado.
Errado não sonhar, errado não amar, não se entregar.
Se não pode falar; porque continua com essa conversa?
Se não pode amar; por que tenta se envolver.
Se não pode sorrir; pra que tentar ser feliz.
Não siga regras, aprenda dizer não.
Os outros não querem, mas você sabe que pode.
Pra que esperar?

Meu sorriso.

Hoje sonhei com você.
Mais um dos tantos sonhos que tive, nos dias em que estava fora.
Sem poder dizer diariamente "Eu te amo" ou algum elogio.
Esses mesmos que jamais foram desmerecidos.
Sonhar com você é minha recompensa, quando sinto tua falta, te encontro nos meus sonhos.Reconpensa Perfeita!
Esses preenchem o vazio ali de dentro.
Sempre encontrei algo bonito neles.
Dessa vez, te vi dormindo, acordando.
Tão linda, parecia um anjo.
Os teus olhos brilhavam, tão encantandores como o pôr do sol, que acordava junto deles.
Eu te amo e é simples assim; como jamais foi.