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segunda-feira, 28 de abril de 2014

Cidadania de Segunda Classe

"A tristeza é senhora
Desde que o samba é samba é assim
A lágrima clara sobre a pele escura
A noite, a chuva que cai lá fora
Solidão apavora
Tudo demorando em ser tão ruim
Mas alguma coisa acontece
No quando agora em mim
Cantando eu mando a tristeza embora"
(Caetano Veloso - Desde que o Samba é Samba)

Isso é sobre o DG. A Claudia. Sobre Amarildo. Sobre os nomes que não tiveram um espacinho na mídia. Sobre os Silva. Os Jacinto. Sobre a impunidade. A injustiça. A elitização da seguração "pública".
É sobre, mas não só sobre, é também para quem critica a regra como se fosse exceção.

Sobre apropriação de discurso.

quarta-feira, 23 de abril de 2014

"Eu prometo não te prometer nada
Nem te amar para sempre
nem não te trair nunca
nem não te deixar jamais.

Estou aqui, te sinto agora
sem máscaras nem artifícios
e enquanto for bom para os dois que o outro fique.

Nada a te oferecer senão eu mesmo
Nada a te pedir senão que sejas quem tu és
a verdade é o que de melhor temos para compartilhar.

Tuas coisas continuam tuas e as minhas, minhas.
Não nos mudaremos na loucura de tornar eterno
o que pode ser apenas um breve instante.

Se crescermos juntos
ainda que em direções opostas
saberemos nos amar pelo que somos
sem medo ou vergonha
de nos mostrarmos um ao outro por inteiro.

Não te prendo e não quero que me prendas
Nenhuma corrente pode deter o curso da vida
nenhuma promessa pode substituir o amor
quero que sejas livre como eu também quero ser.

Companheiros de uma viagem que está começando
cada vez que nos encontramos novamente."
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Geraldo Eustáquio de Souza

terça-feira, 8 de abril de 2014

Em algum momento da minha vida me vi rodeada pela necessidade de questionar. Eu não sei quando foi que isso aconteceu, mas, como uma doença silenciosa, alastrou-se e no decorrer do tempo e me fez chegar aos dias de hoje. É essa minha essência. Sou presa à necessidade de desconstruir, e vai além disso, de perceber como as coisas se dão, ou quão subjetivas se permitem para simplesmente existir. Mais do que me questionar, eu exigia de mim respostas. As respostas, assim como as perguntas, têm seu desenrolar tão tênue que era praticamente impossível de se obter, e mesmo com essa consciência eu a buscava. E buscava. Buscava.


Mas sinceramente, não era isso o que eu queria.