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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Cisne Negro

Seus olhos bem delineados, marcantes, profundos, chegam a assustar. Uma expressão marcada.
Ela não sente medo, é decidida, faz o que é preciso e pronto.
Ela escolheu seu caminho, não que esse seja o melhor, mas foi capaz de erguer a cabeça e decidir.
Nunca está sozinha, sempre acompanhada das piores companhias.
E quer saber? Ela conseguiu suas asas e instantaneamente aprendeu a voar, ela pode fugir agora, qual vai ser o problema? Está totalmente certa em arriscar.
Não, também não é a mesma de antes, e não pensa em quem vai ser, deixa o reflexo do que é, decidir isso.
Ela atingiu a perfeição, dentro dela pelo menos, o que foi suficiente para se tornar segura, mas é que essa segurança se tornou um mal, já não pensa no que existe a sua volta.
Ela.... Descobriu-se.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Cisne Branco.

Tem nos olhos o pedido de socorro, está presa e a única barreira, ah, é ela mesma, claro!
Sente medo, sem saber direito qual a fonte.
Ora quer, ora desiste. Ela só não sabe direito pra onde ir.
Ela é sozinha e acha que assim já está bem acompanhada. No fundo ela é frágil,
suplica para que algo a liberte, quer suas asas, e quer também, aprender a voar.
Não é a mesma menina de antes, não sabe quem foi, que dirá, quem ira ser.
Ela quer ser perfeita, mesmo sabendo que é impossível, o que é perfeito para ela, deixa a desejar a outros, e sim, ela se preocupa com o que os outros vão pensar.
Ela é fria, na verdade, com o passar do tempo se tornou fria.
É agonizante a maneira com que se culpa.
Ela não queria descobrir o que havia por dentro dessa identidade forçadamente
imposta. Mas descobriu....

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Menina.

O problema não está em você, pelo menos não somente em você. Nós não somos mais as mesmas pessoas e a sua presença já é algo substituível, machuca ouvir isso, eu sei, mas machuca mais ainda aceitar que vai ser assim daqui pra frente. Não por vontade própria. É que eu não entendo esse seu jeito, as vezes tão segura de si, as vezes escondida atrás da verdade que lhe for mais confortável. Não, não é com essa pessoa que eu convivi todos esses anos. E é a pessoa que você está se tornando agora que vai te deixar sozinha.
Deixa disso menina! Coloque as coisas no lugar, onde elas estavam antes, no lugar delas! Não se esconda, não ache que esse caminho é o melhor. Eu jurei que estaria com você e eu vou estar, não ao seu lado, não acompanhando a seqüência de erros que irão de vir, vou estar com você de outra maneira, vou pedir para que faça a escolha certa, mas não vou pedir para você.
Nós que conhecíamos cada sentimento uma da outra, nós que já brigamos tantas vezes e como sempre no final era um abraço e mais algumas promessas que se quebravam no dia seguinte. Não menina, nós não nos conhecemos mais, e os abraços não tem sentimentos, são vazios, menina, você quebrou todas as promessas e agora talvez não vai haver mais tempo de fazermos outras.
Se um dia desses sentir saudades de como as coisas eram, você pode me ligar, ou pode vir me ver, eu estou no mesmo lugar. Seguindo em outra direção, com pessoas diferentes. Quem sabe posso te esperar um dia desses.
Mas menina, me desculpe. Tudo acabou aqui.