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quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Confusão.

Que eu queria estar longe daqui não é mais novidade. Já cansei de resistir ao que tem lá dentro. Estou disposta a aceitar e pronta pra mudar.
Não que isso mude alguma coisa,  ainda vou precisar de você aqui, aliás, preciso como nunca precisei.
Mas você não está, sabe? Nunca está.
Não tenha medo do que pode acontecer, sinta o  agora. Deixa pra pensar no futuro quando ele se tornar presente.
No fundo eu queria estar enganada sobre o que quero.
Só agora... Talvez você perceba que é o sentido de tudo, sem exceção.
Não quero mais obrigar as palavras certas saírem da minha boca, enquanto a autodestruição rola solta.
Eu disse que não ligava para o que tinha acontecido e que podia seguir em frente, mas essa foi a mentira mais lavada de toda a minha vida, é claro que eu ligo!
Temos algumas coisas pendentes agora.
Quem é que vai te ouvir? Ou chamar pra sair no meio da noite de sábado?
Quem vai te dar bom dia, ou te ignorar pra fazer sentir.
Ou melhor, quem vai fazer isso no meu lugar?

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Bailarina sem Pés.

Pobre dela, que não conseguia mais entender o que as palavras queriam dizer quando diziam.
Via todas aquelas paredes de um branco e um ritmo descomunal envolvendo seu olhos com movimentos circulares a deixando mais confusa do que já se encontrava.
Colocou a mão no rosto, e tentou encontrar algo para fixar seus olhos. Mas nada iria á distrair do turbilhão de possibilidades que estavam em sua mente.
Só faltam dez dias, são os dez dias que separam o esforço do objetivo.
 Foram planos e mais planos, projetos, noites sem dormir, pés e pernas doendo na alma, machucados em cima de machucados e agora só faltam dez dias.
Em dez dias serei bailarina outra vez.
Imaginar que isso está suspenso por um único detalhe, não me faço compreender sentido.
São só esses dias em que tudo teria que acabar bem, e que eu iria ignorar os imprevistos, dirigir todo meu esforço e minha atenção num só objetivo, para tudo se concretizar como esperado.
Ele disse que não pode fazer mais nada, é caso cirúrgico, é emergência, é preciso.
- Você não poderá dançar, me desculpe, mas não.
Meus olhos se fixaram em algum ponto, enquanto as lágrimas começaram a correr pela minha face.
Tenho motivos pra não te obedecer.
É algo maior do que uma necessidade, não é físico.
Não é pra ser entendido.
Decidi que daqui a dez dias irei dançar, e vou dar o melhor de mim, como não fiz em outras oportunidades, sem me preocupar com o que vem depois, sem pensar na dor.
Tenho total certeza de que ela vai se diluir, quando deparar com meu sorriso por ter conseguido.
“ O mundo acaba hoje, e eu estarei dançando”

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Você não me conhece.

Meus suspiros sinceros não fazem parte da novela, te incomoda por que me faz bem.
Abstrair do social para reprimir o que está lá dentro não é jogo limpo.
Não me acrescenta em nada tuas pragas rogadas. Eu não creio no que o homem se possibilita imaginar, só me é concreto o que posso ver, vai assim até que me provem o contrario.
Juntando todas as palavras soltas no ar, sempre sem pensar, poderia render um livro, em que paginas abertas transbordariam tua maldade, correspondente ao que acontece com teus olhos raivosos.
Eu fico presa a sonhos, (in)segura á beira do abismo.
Lembrando o drama em que tudo se transformou. Forçando-me a voltar para o tive de aceitar, acreditar e construir.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Flores.

As palavras que estão á nosso favor, facilitando tudo.
Eu amo nossa historia.
Ouço o relógio regredir, as coisas voltarem ao lugar.
Tudo, esta sobre equilíbrio agora, podemos nos manter estáveis por algumas horas?
Deixe nossas cores se misturares, deixe os males passarem, a melodia equalizar.
As batidas no ritmo, teu coração e o meu.
Eu posso reencontrar meus passos, e imaginar cenas bonitas, posso ser. Sim, posso.
Não seja sarcástico, não diga que as flores um dia morrem, eu posso cuidar delas, mas você terá de me ajudar.
Nosso amor é uma bela flor a beira de um precipício, nós dois a equilibramos, só nós dois.
E não a deixaremos morrer.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Você vem?

Vamos ver as estrelas?
Sorrir para o mundo.
Cantar e dançar pelas ruas;
Desviar olhares;
Mudar sentimentos;
Trocar lágrimas por algo melhor
Aprender a amar
Deixar de se preocupar
Quero viajar no meio da semana;
Sentir falta e voltar buscar.
Mudar a letra
Deixar as regras de lado
Não me preocupar com o que falam...
Ou com o que vão falar.
Vou cair, e me levantar.
Vou deixar a vontade fazer a minha cabeça.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Cadê você que me esqueceu? Cadê você que não esqueço.

Vagamente, ainda lembro de alguns detalhes seus, e só seus;
Como a faixa preferida do CD que você me ensinou a ouvir.
Ou dos nossos sonhos e planos que se encaixavam perfeitamente, tudo parecia fácil.
Até que nós crescemos, e o tempo decidiu nos separar.
Não isso não é justo.
O mesmo tempo que parou quando deitamos no gramado, olhando pro céu com toda aquela paz que você sempre me passou, imaginando como seria o nosso futuro, nada era certo, somente que estaríamos juntos, sem se importar com o que iria acontecer.
Vejo agora que aquilo, o principal, não era certo, deveríamos ter previsto intervenções.
Hoje passo por ti, e não me transparece o mesmo brilho que carregava nos olhos naquela época, você não me parece bem. Naquela época a gente nem precisava de uma piada tão boa.
Acho que vai ser assim, até minhas lembranças acabarem.

sábado, 4 de setembro de 2010

Manicômio

Estava tentando descrever minha mais nova antiga vida em um manicômio.
Aumenta a certeza de que, só quem vive em um pode descobrir como é.
O convívio te influencia, não acredita quem não quer.
Sou louca de alma, de amores e de pesadelos.
Meus fantasmas voltaram, com a mesma força as mesmas histórias.
Faz tempo que estou presa a lembranças e de um jeito ou outro acabo contornando a situação, fazendo para me conformar de que tudo esta sobre controle e que não vivo do passado.
Não confie em ninguém, não confie em mim. Os últimos que confiaram, não lembro sequer o nome. Não tente me ensinar como se faz, quando o que esta em jogo é um bem para si mesmo.
Não arrisque tanto, cuide das palavras.